Foto: Polícia Civil / Divulgação

Local foi usado como cativeiro de taxista vítima de roubo há dez dias. Polícia suspeita que outro taxista, desaparecido desde 13 de abril, tenha sido levado para o mesmo lugar.

A investigação do desaparecimento do taxista Luciano Juceli da Silva Jaime, 42 anos, sumido desde 13 de abril, em Porto Alegre, levou a polícia à descoberta de uma casa de tortura provavelmente mantida por traficantes ligados à facção dos Bala na Cara, na Vila dos SargentosBairro Serraria, Zona Sul de Porto Alegre.
O local descoberto na última quinta serviu como cativeiro para outro taxista, sequestrado durante um assalto há dez dias. A suspeita da 5ª DHPP é de que Luciano possa ter sido vítima do mesmo grupo.
— Temos informações de que ele possa ter sido levado para este local e torturado, como aconteceu com o colega libertado pela Brigada Militar — afirma a delegada Jeiselaure Souza, da 5ª DHPP.
Foto: Polícia Civil/Divulgação

Havia sangue espalhado por quase todos os cômodos do casebre e elementos que indicam tortura, como uma mesa de pedra ensanguentada, um fio desencapado ao lado de uma mangueira e até um instrumento semelhante a uma forca.

— É um cenário de horror completo — resume a delegada.

A descoberta pode representar a solução de um dos maiores mitos do tráfico de drogas de Porto Alegre. A facção que mantém o controle da vila criou fama por supostamente eliminar os rivais e devedores os esquartejando e jogando seus corpos no Guaíba, que fica nos fundos do casebre.

De acordo com a delegada Jeiselaure, muito material foi coletado pelos peritos no casebre. Agora, tudo será comparado com o DNA de familiares do taxista Luciano e de outros parentes de pessoas desaparecidas naquela região.
 
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