Anunciada como a maior da história de São Paulo, a Marcha para Jesus promovida ontem por igrejas evangélicas neopentecostais foi palco para uma série de apelos pelo “fim da corrupção” e uma “faxina ética” no Brasil.
O tema apareceu em faixas e cartazes espalhados pelo evento, ao lado de dizeres contra o aborto, a prostituição e o uso de drogas. Em cima dos carros de som, líderes de diversas denominações condenaram o desvio de dinheiro público em suas orações e pediram “a libertação do Brasil”.
Nenhum político ou partido foi criticado diretamente. Durante uma pregação, um dos pastores disse que os fiéis deveriam orar pela presidente Dilma Rousseff (PT) e pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Segundo a PM, cerca de 340 mil pessoas acompanharam a marcha. “Essas imagens vão correr 170 países. Eles não vão conhecer o Brasil como o país da prostituição, da miséria e da corrupção. Nem um Brasil de senhores e senhoras, mas o país de um senhor só”, disse o apóstolo Estevam Hernandes, da Igreja Renascer, presidente da marcha.
Hernandes dividiu o principal carro de som da marcha com sua mulher, a bispa Sônia. Em 2008, ela foi presa nos Estados Unidos ao entrar com dinheiro não declarado no país. Líderes de outras igrejas, como o apóstolo Valdemiro Santiago, também passaram pelo local.
Apenas políticos evangélicos, como o senador Magno Malta (PR-ES), usaram o microfone. “A pauta aqui é contra o aborto, contra as drogas, contra a prostituição e contra a corrupção. O povo foi por muito tempo massa de manobra, mas acordou”, disse.
A politização do ato foi defendida por Hernandes. Segundo ele, a Bíblia orienta o cristão a “orar para que a nação seja sarada”. “Pregar contra a miséria, contra a prostituição e contra a corrupção está nesse contexto.”
A marcha começou às 10h em frente à estação da Luz, na região central da capital paulista e saiu em direção ao Campo de Marte, quase cinco quilômetros depois. Ao todo, 14 carros de som animaram os fiéis. Os organizadores mas não quiseram estimar público.
Fonte: O Povo
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