Dilma Rousseff e Michel Temer terão uma agenda movimentada nesta segunda semana do mês de novembro. Com viagens internacionais marcadas para ambos, os mesmos tiveram que se articular para que a presidência não possa ficar sem a presença de qualquer um dos dois, evitando assim que a função seja exercida pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Dilma Rousseff viaja para a Turquia, onde foi convidada a participar da reunião do G-20.  A viagem da presidente será feita entre os dias 13 e 16 de novembro e a mesma deverá retornar ao Brasil somente após o último dia deste período. Ela discursará para os representante dos países que fazem parte do grupo dos 20. Esta cúpula é composta por cerca de 19 países, que estão classificados como as economias mais desenvolvidas do mundo. O Brasil foi incluído, pois desde setembro, a Turquia, país onde sedia reunião, decidiu incluir mais países em vias de desenvolvimento e que estejam envolvidos em crises de pessoas refugiadas e em situação de migração.



O vice-presidente Michel Temer também terá que cumprir agenda internacional nos dia 10 e 11 de novembro, em continente africano, mais precisamente, em Angola. Temer participará das comemorações do aniversário da independência daquele país. As comemorações serão realizadas na capital Luanda. Neste mesmo período, o vice-presidente será recebido pelo presidente daquele país, José Eduardo dos Santos e também pelo dirigente da chamada Assembleia Nacional, Fernando Dias dos Santos.

A articulação entre Dilma e Temer é evitar que Eduardo Cunha possa vir a assumir a vaga da presidência da República, caso os períodos de viagem de ambos, chegassem a coincidir. O presidente da Câmara se encontra em uma fase difícil, sendo um alvo de manifestações contrárias à sua permanência no cargo, assim como a investigação contra o mesmo, pela acusação de recebimento de propinas e de manter conta secretas na Suíça.

Além disto, Cunha vem sendo pressionado por vários setores a acatar ou não os pedidos de impeachment contra a presidente. A julgar, pela rapidez com que Cunha alçou a um dos cargos mais importantes dentro do poder, presidente e vice devem temer que o mesmo possa tomar alguma decisão que possa comprometer o futuro político de ambos.
 
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